Esses termos não são mais tão novos, mas fazem parte do dia a dia e com certeza o serão por muito tempo ainda, devido à aceleração do mercado de trabalho.
Mas vamos lá :
Ambas as palavras possuem o mesmo radical, “efic”, que vem do latim, e passa um significado de qualidade, de correção, de coisa certa. Porém, é no sufixo que elas diferem e é, justamente, aí que mora a grande diferença entre elas. E o entendimento desta sutil, mas importantíssima diferença é que separa o bom profissional do ótimo profissional.
EFICIÊNCIA é: fazer certo; é o meio para se atingir um resultado; é a atividade, ou, aquilo que se faz e como se faz .
EFICÁCIA é: a coisa certa; é o resultado; o objetivo: é aquilo para que se faz, isto é, a sua Missão.
Considerando-se o exposto vamos checar algumas percepções organizacionais muito naturais e... erradas!
Exemplo 1 : qual a Missão da área de Treinamento? A resposta natural poderia ser: treinar pessoas; reciclar; desenvolver ou algo parecido. Certo? Não, errado! Percebam que as respostas estão representadas por verbos e dirige-se à ação, portanto refere-se a aquilo que se faz, ou à atividade ou o MEIO para se atingir o resultado. Este resultado, ou a chamada Missão poderia ser consignado como: PESSOAS APTAS às necessidades da organização! Este é o objetivo. A área de treinamento treina, ou desenvolve suas atividades para alcançar este resultado.
Porém, na prática utiliza-se, com freqüência o indicador de “homens/horas/treinamento” para medir o resultado de treinamento quando se está medindo, apenas, o seu esforço, ou seja, a sua eficiência no desenvolvimento da ação, mas não a sua eficácia. Afinal, qual foi o resultado desse esforço em treinamento?
Para ficar mais claro vamos a outro exemplo: Qual a Missão da área de manutenção de microcomputadores?
Mais uma vez a resposta natural seria: consertar computadores, que é uma resposta também errada. Consertar computadores é o que a área de manutenção faz para alcançar a sua Missão que é: COMPUTADOR FUNCIONANDO!
O que isto quer dizer? Isto quer dizer que se provoca um grande desvio na qualidade da contribuição das pessoas fortalecendo-se a atividade muitas vezes distanciada do objetivo. Freqüentemente a área de manutenção de microcomputadores é medida pelo tempo que gasta consertando computadores quando deveria ser medida pelo tempo que não gasta consertando, ou seja, pelo tempo de funcionamento do equipamento. Esta é a medida da sua eficácia.
Percebam então o enorme dano que esta situação causa nos resultado individuais e globais das organizações.
Ao se privilegiar as medidas que acompanham o esforço da realização pode-se perder a relação com o resultado desse esforço. Em nome disso muitas realizações dentro das organizações são, o que costumamos chamar de olhar o próprio umbigo, perdendo-se a avaliação do nível de agregação de valor aos objetivos da organização. E o que conta, cada vez mais, é exatamente o nível de agregação de valor de cada profissional, de cada departamento, de cada organização. Para isso é fundamental trabalhar-se com indicadores!
E este viés, infelizmente, ocorre em diversas áreas das empresas provocando um enorme desvio nos resultados e na agregação de valor dessas áreas e, das pessoas que se esforçam para atender as expectativas para o desenvolvimento dos negócios. Preciso reforçar que esta preocupação é função indelegável dos níveis de chefia das empresas!
Vocês concordam que para sermos profissionais completos e com uma boa apresentação, devemos sempre buscar sermos eficazes e estar sempre aprendendo coisas novas e tendo novas experiências, para, com isso, aumentar nossa eficiência, aumentando, assim, a probabilidade de alcançarmos os objetivos, ou “coisas certas”.
Resta a pergunta : Sou eficaz, eficiente ou consigo ser completo ?